Quem sou eu

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Petropolis, RJ
Meu nome é Marcia Henriques, sou Cuidadora no momento com um pouco de tempo livre resolvi abrir na Net um Cantinho para todas as mulheres que assim como eu, sempre tem algo por dizer. São nossos convidados tambem, os homens que sabem, amar, respeitar e valorizar suas mulheres, mâes, filhas, amigas, esposas etc... Sejam todos bem vindos e explorem este espaço que não é so meu, é seu, é nosso. Marcia Henriques

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sábado, 18 de dezembro de 2010


Regina Brett, aos 90 anos, assina uma coluna no The Plain, Dealer, Cleveland, Ohio.



"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45
lições que a vida me ensinou.
É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."

Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna
mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus
amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.

10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o
presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que
é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria
entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus
nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda
vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como
resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não
guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.


24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras
'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa
que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo
agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos
os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e
víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos
problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e
apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

Estima-se que 93% não encaminhará isto. Se você for um dos 7% que o
farão, encaminhe-o com o título 7%.









sábado, 11 de dezembro de 2010

LINDA LIÇÃO DE VIDA !!!

"O que é o meu ideal senão o Supremo Impossível
Aquele que é, só ele, o meu cuidado e o meu anelo
O que é ele em mim senão o meu desejo de encontrá-lo
E o encontrando, o meu medo de não o reconhecer?"
(V.M.)

A HUMILDADE DE JOSÉ ALENCAR

LINDA LIÇÃO DE VIDA !!!





HUMILDADE DO VICE-PRESIDENTE
JOSÉ ALENCAR

LINDA LIÇÃO DE VIDA
ESTE HOMEM, A CADA DIA DÁ NOS UMA NOVA LIÇÃO!

"A humildade não está na pobreza,
não está na indigência,
na penúria, na necessidade,
na nudez e nem na fome".

Na semana passada, o vice-presidente da República, José Alencar,
de 77 anos deu início a mais uma batalha contra o câncer.
É o 11º tratamento ao qual se submete.

*Desde quando o senhor sabe que, do ponto de vista médico,
sua doença é incurável?

JA - Os médicos chegaram a essa conclusão há uns dois anos
e logo me contaram.
E não poderia ser diferente,
pois sempre pedi para estar plenamente informado.
A informação me tranquiliza.
Ela me dá armas para lutar.
Sinto a obrigação de ser absolutamente transparente
quando me refiro à doença em público.
Ninguém tem nada a ver com o câncer do José Alencar,
mas com o câncer do vice-presidente, sim.
Um homem público com cargo eletivo não se pertence.

*O senhor costuma usar o futebol como metáfora
para explicar a sua luta contra a doença.
Certa vez, disse que estava ganhando de 1 a 0.
De outra, que estava empatado.
E, agora, qual é o placar?

JA - Olha, depois de todas as cirurgias pelas quais
passei nos últimos anos, agora me sinto debilitado
para viver o momento mais prazeroso de uma partida:
vibrar quando faço um gol.
Não tenho mais forças para subir no alambrado e festejar.

*Como a doença alterou a sua rotina?

JA - Mineiro costuma avaliar uma determinada situação dizendo que
"o trem está bom ou ruim".
O trem está ficando feio para o meu lado.
Minha vida começou a mudar nos últimos meses.
Ando cansado.
O tratamento que eu fiz nos Estados Unidos me deu essa canseira.
Ando um pouco e já me canso.
Outro fato que mudou drasticamente minha rotina foi a colostomia
(desvio do intestino para uma saída aberta na lateral da barriga,
onde são colocadas bolsas plásticas),
herança da última cirurgia, em julho.
Faço o máximo de esforço para trabalhar normalmente.
O trabalho me dá a sensação de cumprir com meu dever.
Mas, às vezes, preciso de ajuda.
Tenho a minha mulher, Mariza e a Jaciara
(enfermeira da Presidência da República)
para me auxiliarem com a colostomia.
Quando, por algum motivo, elas não podem me acompanhar,
recorro a outros dois enfermeiros, o Márcio e o Dirceu.
Sou atendido por eles no próprio gabinete.
Se estou em uma reunião, por exemplo, digo que vou ao banheiro,
chamo um deles e o que tem de ser feito é feito e pronto.
Sem drama nenhum.

*O senhor não passa por momentos de angústia?

JA - Você deveria me perguntar se eu sei o que é angústia.
Eu lhe responderia o seguinte:
desconheço esse sentimento.
Nunca tive isso.
Desde pequeno sou assim, e não é a doença que vai mudar isso.

*O agravamento da doença lhe trouxe algum tipo de reflexão?

JA - A doença me ensinou a ser mais humilde.
Especialmente, depois da colostomia.
A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade.
E Ele tem sido generoso comigo.
Eu precisava disso em minha vida.
Sempre fui um atrevido.
Se não o fosse, não teria construído o que construí
e não teria entrado na política.

*É penoso para o senhor praticar a humildade?

JA - Não, porque a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento.
Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo
de outras pessoas para executar tarefas básicas.
Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações.
Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas
muito mais elevadas do que eu,
como os profissionais de saúde que cuidam de mim.
Isso vale tanto para os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil,
Raul Cutait e Miguel Srougi
quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem
anônimos que me assistem.
Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente
tem menos importância do que o que eles fazem.
Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto
sobre o próximo.
Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor.

*Essa sua consideração não seria uma forma
de se preparar para a morte?

JA - Provavelmente, sim.
Quando eu era menino, tinha uma professora que repetia
a seguinte oração:
"Livrai-nos da morte repentina".
O que significa isso?
Significa que a morte consciente é melhor do que a repentina.
Ela nos dá a oportunidade de refletir.

*O senhor tem medo da morte?

JA - Estou preparado para a morte como nunca estive nos últimos tempos.
A morte para mim hoje seria um prêmio.
Tornei-me uma pessoa muito melhor.
Isso não significa que tenha desistido de lutar pela vida.
A luta é um princípio cristão, inclusive.
Vivo dia após dia de forma plena.
Até porque nem o melhor médico do mundo
é capaz de prever o dia da morte de seu paciente.
Isso cabe a Deus, exclusivamente.

*Se recebesse a notícia de que foi curado, o que faria primeiro?

JA - Abraçaria minha esposa, Mariza e diria:
"Muito obrigado por ter cuidado tão bem de mim".

domingo, 21 de novembro de 2010

A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO


As pessoas geralmente se preocupam com aparência física e se esmeram para mostrar uma certa elegância, de acordo com suas possíbilidades. Isso é natural do ser humano. Tanto que muitos buscam escolas que ensinam boas maneiras. No entanto, existe uma coisa difícil de ser ensinada e que talvez por isso, esteja cada vez mais rara: A ELEGÂNCIA DE COMPORTAMENTO. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir que se manifesta nas situações mais corriqueiras, quando na há fotográfos por perto: É a elegância desobrigada. É difícil detecta-la nas pessoas que elogiam mais que criticam. Nas pessoas que escutam mais que falam. E quando falam passam longe da fofoca, das maldades ampliadas de boca em boca. É possível detecta-la também nas pessoas que não usam o tom superior de voz. Nas pessoas que evitam assuntos constragedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É uma elegância que se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos outros e seu próprio tempo. Elegante é quem demostra interrese por assuntos que desconhecem. É quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda a secretária que pergunte antes quem esta falando e só depois manda dizer se esta ou não. É elegante não ficar espaçoso demais. Não mudar seu estilo apenas para se adaptar- ao outro. É muito elegante não falar; de dinheiro em um bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. Sobre nome, cargo, não substituem a elegância do gesto. Não livro de etiqueta que ensine alquém a ter uma visão generosa do mundo e a viver nele sem arrogância.

É elegante quando se recebe e-mails de pessoas queridas responde-las vez por outra com um e-mail de agradecimento pessoal

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural, atravez da observação, mais tentar imitá-la é improtudivo. A pessoa de comportamento elegante fala no mesmo tom de voz com todos os indivíduos. insdistintamente. Ter comportamento elegante é se gentil

sem afetação, amigo sem conivência negativa e sincero

sem agressividade.
É se humilde sem relaxamento, cordial sem fingimento. É ser simples com sobriedade.
É ter capacidade de perdoar sem fazer alarde. É superar dificuldades com confiança e coragem.
É saber desarmar a violência com atitude e alcançar a vitória sem se vangloriar.
Enfim a elegância não é algo que se tem, é algo que se é.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Meu ninho ficou vazio




Mãezinha
Li esse texto da Carolina Ferraz na revista Cláudia quando estava no salão fazendo o meu cabelo e resolvi rasgar a reportagem e digitar tudo tim tim por tim tim pra vc!!!!! rs

MEU NINHO FICOU VAZINHO

"Quem diria... pensei que eu, uma mulher dinâmica, que trabalha muito, tem uma vida intensa, cheia de obrigações e responsabilidades, fosse passar pelo que estou passando. Na minha doce ignorância, imaginava que a famosa "síndrome do ninho vazio" fosee coisa de mulheres que não trabalhavam fora, viviam trancadas no casamento (felizes ou infelizes) e dedicavam a vida apenas a criar os filhos e gerenciar a família. Hoje penso sobre tudo isso e vejo como fui arrogante e preconceituosa, ou, talvez, tenha sido apenas humana e tentado inultilmente, como em tantas outras situações da vida, fazer de conta que temos o controle de tudo.

Quero dividir com vcs, mulheres, trabalhadoras, mães, donas de casa e, poe que não dizer, meus amigos e pais também, esse momento especial. Tenho uma filha linda, que amo profundamente. Inteligente, boa de coração, responsável, generosa, se sai bem nos estudos... Valentina merece tudo de melhor que a vida possa lhe reservar! E vejam: a vida, surpreendente como ela só, trouxe uma oportunidade irrecusável para minha filha. Confesso que fuquei muito orgulhosa. Embora nunca tenha sido a melhor da turma, é uma boa aluna, nunca ficou de recuperação (esse é o nosso combinado). No entanto, sempre foi ótima em matemática, e por isso foi aceita numa excelente escola fora do país.

Acredite, é uma daquelas escolas pequenas, cheias de pré-requisitos para aceitar alunos e muito conhecida pela qualidade de ensino. Ela ficou eufórica e eu também. Muito madura disse: "É a hora certa, mamãe. Não tenho namorado como as minhas amigas; portanto, nada me prende aqui. Vou voltar falando mais duas línguas e poderei acrescentar pontos para o futuro ser aceita em uma boa faculdade!" Encerrado esse discurso, ela então me perguntou: "Mas e vc, mãe, o que vai ser de vc quando eu me for?" Respirei fundo e disse que era tudo bobagem e que obviamente ficaria bem.

Nunca uma mentirinha me custou tão caro... Meus amigos brincam comigo, pois, desde esse dia, sempre que menciono, com orgulho, que minha filha vai estudar fora, simplesmente não consigo me controlar e meus olhos se enchem de lágrima (mais ou menos como neste minuto em que estou escrevendo). Sinto-me ridícula, mas não sei como dominar as lágrimas! Outro dia, estávamos em casa com alguns conhecidos, e eu me abria com uma grande amiga sobre como me sentia. A Valentina passou por nós e ouviu parte da conversa. "Nossa, mãe, vc fala assim sobre minha viagem com todo mundo?" Eu respondi morrendo de rir: "Com todo mundo, não, meu amor. Está mais pra qualquer um, tá valendo? Tipo: mamãe vai à feira e, se o feirante for um pouquinho mais simpático, já lasco um assunto com toda força: O senhor sabe, tenho uma filha que vai estudar fora, ando morrendo de saudades antecipadas. Por isso, veja se capricha nas alcachofras, pois ela é louca por alcachofras!" Se vou à ótica, basta ver uma cor de óculos que me faça lembrar de vc que começo: "Minha filha adora amarelo. Ela vai estudar fora e vou morrer de saudades..." Ou seja, faço de qualquer inocente um pouco mais acolhedor uma vítima perfeita para minhas lamúrias.

Perceba então, minha filha, que meu assunto é vc e sua viagem aonde quer que eu vá, com quem quer que eu fale e a qualquer momento do dia.

Temos uma relação muito especial. Vcs (com todo direito) podem achar que estou exagerando, mas gostaria de acreditar que realmente temos uma conexão muito particular. Afinal, somos eu e ela o tempo todo. Lembranças surgem a cada instante, pequenas coisas que preencheram meus dias ao longo desses 15 anos. Lembro que semore tinha balas juquinhas no carro, pois eram as preferidas dela. Quando Valentina era menor, eu, amante que sou da música eletrônica, colocava minha preferidas e dançávamos feito loucas, sacundindo os cabelos! Nós e qualquer amiguinha dela que andasse conosco pulávamos e dançávamos ao som de um bom house, e apelidaram o meu carro carinhosamente de dancing car. Imagine, um bando de pecurruchas de 8 ou 9 anos pulando e dançando loucamente. Era lindo de ver! Quantas noites não perdemosquando, dormindo juntas, ríamos uma da outra por bobagens... Ríamos tanto que ela até perdia o sono e eu me sentia a pior mãe do mundo! Sempre rimos muito juntas, graças a Deus ela é muito bem humorada.

Fiz minha parte na educação dela, mas, daqui para a frente, essa relação muda, e os pais passam a funcionar mais como um apoio, um guia...

O trabalho educativo se transforma em monitoramento participativo. Minha filha cresceu e aos poucos segue a ordem natural das coisas. Vai buscando entre erros e acertos o próprio caminho, como eu fiz, como vcs também devem ter feito. Não imagino uma maneira pior ou melhor de passar por tudo isso, mas, quando penso que esse é o fluxo natural das coisas, de certa maneira me acalmo. Por dentro, porém, estou questionando toda a minha vida. As decisões que tomei, os amores que tive, a casa em que moro, o que realmente é importante ou não! Hoje, mais madura, olho para outras mães com mais complacência, me coloco lado a lado com elas e nossas histórias.

Como ocupar um ninho vazio? Como preencher com ruídos aquele lugar que já foi tão de vida e onde hj habita o silêncio? Percebo que pouco importa quão ocupada e dinÂmica eu seja, pois no final do dia é para esse mesmo lugar que volto. O que antes era preenchido por uma menina, hoje vou ocupar com outras coisas, e aí reside o problema todo. Além da sensação de vazio absurda, sinto a obrigação moral de prenchê-lo com coisas absolutamente essenciais. Afinal, esse espaço pertencia ao meu bem mais precioso... Tenho certeza de que nada substitui nada, mas a busca é um exercício fundamental para qualquer ser humano que goste da vida como um processo contínuo e evolutivo. E sabe de uma coisa? Passado o desespero inicial, começo timidamente a achar que vou sair melhor e mais humana dessa experiência.

O fato real de ter que decidir o que realmente importa, sem espaço para frescuras ou dramas bobos, vai fazer de mim não apenas um ser humano melhor e uma mãe melhor também. Quando nos encontramos diante do inevitável, sempre percebemos uma nova maneira de ver a vida e as coisas. Perspectiva é tudo! Por isso, prometo tentar ser uma amiga mais presente, uma profissional mais criativa, me fazer mais companhia, ser uma amante mais generosa, uma pessoa mais disposta. Prometo também reclamar menos de coisas insignificantes e, se conseguir ao menos 10% disso, já terá sido incrível. Assim, quem sabe, quando for o momento da minha filha passar o que estou passando, estarei mais preparada e poderei ajudá-la com sentimentos que só a maturidade traz para nós: tranquilidade e segurança."

Por: Carolina Ferraz

CORAÇÃO TRANQUILO: "No passado quando as mulheres se dedicavam apenas à família, causava muito desconforto", afirma a psicóloga e pesquisadora Ida Kublikowski, de SP. Hoje, para quem trabalha fora e cultiva amigos, passeios, leitura e interesses próprios, a experiência é menos dolorosa. "A tristeza pela partida dos filhos não precisa desencadear um caos, uma síndrome. Pelo contrário, pode ser um momento positivo para a mulher reavaliar sua vida." Cuidar da cabeça e do corpo é fundamental para encarar com mais leveza a nova fase. Aí entra também a qualidade da relação conjugal, caso seja casada, afinal, quando os filhos saem, o casal se reencontra, e, se tudo estiver bem, ter mais tempo para namorar pode ser um benefício da casa vazia. "Toda crise pode ser uma oportunidade", afirma a terapeuta familiar Cristiana Gonçalves Pereira, de SP.


Viu, mãezinha?!?! E olha que a filha dela tem só 15 anos. E eu que saí com 28??? Tudo bem que com algumas diferençazinhas mas vc ainda está na lucro!!!!
uhauahauhauahau
Amei esse texto, achei demais. Vc aprendeu com minha avó, eu vou aprender com vc quando acontecer cmg!!!!

te amo


domingo, 12 de setembro de 2010

CASAMENTO

Colaboração: Silvia Garcia - Santos-SP


Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.


Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus examos no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!